junho 19, 2010

José, mago das palavras.

Morreu nosso Nobel português.
Saramago é um deleite obrigatório para os apreciadores do bem-pensar.
Um ateu impregnado de humanismo cristão e um racional que infelizmente não levava em consideração o fato de o capital, da mesma forma que a cafeína e o crack, ter encontrado no cérebro humano uma cadeira vaga reservada pela dinâmica Darwinista da nossa mente.
Seus livros são deliciososos como também são todas as suas manifestações onde esgrime argumentos e indignações contra as impropriedades do nosso mundo.
Às vezes me parece que ele pensava que as boas (e corretas) idéias tem o direito natural de existir e prevalecer.

Outras, que parecia ignorar que a bondade não tem o direito de ser ingênua.
Ora...
A bondade é apenas uma idéia.
Um investimento de médio a longo prazo!
A ganância não!
É a verdadeira bolsa de valores do mundo das idéias.
Contra ela funcionam apenas a filosofia e a espiritualidade inteligentemente empregadas.
Darwinistas de viés mentalês sempre vão achar que falta alguma coisa para que as suas engrenagens Saramágicas funcionem.
Bem...
Quer saber de uma coisa?
E daí?
Nothing really matters, anyone can see!
Viva Saramago!

Dois aforismos para pé-de-post:

"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais."
"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar."

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