Comentava isto com um amigo que para sorte do acaso é surfista amador apaixonado:
- Cara, que maluquice! Vai ficar esperando um ano pra matar a fissura? Morando em Salvador não há porque não surfar! Vou ligar agora para uns amigos meus que tomam conta de um centro de instrução lá na praia de Jaguaribe.
Isto foi em setembro e já parece um passado distante! De lá prá cá, na medida do possível, tenho estado com estes novos amigos e escrevo este post para recomendá-los a você que busca um esporte que o ponha em full-contact com a natureza. Durante o verão, o sol nasce às 5 da manhã aqui na Bahia; dá pra chegar cedo fazer 90 minutos de remadas e drops e vltar para o trabalho com a Av. Paralela ainda vazia!
Os instrutores estão aí ao lado. A homepage deles é http://www.ctssurf.com.br
Bom, prá não acharem que o resto foi abandonado, vai aí duas indicações de leitura com alta densidade de conteúdo:
O Roubo da História
Se o Ocidente tivesse levado a sério Jack Goody, teria entendido melhor o desenvolvimento supostamente inexplicável da China, assim como o surgimento dos "tigres asiáticos" e do próprio "milagre japonês". O mundo não se resume à Europa e aos paísesde colonização européia. Óbvio? Talvez. Mas o fato é que nunca houve um livro como O roubo da história. Nesta obra, o autor critica aquilo que considera um viés ocidentalizado e etnocêntrico, difundido pela historiografia ocidental, e o conseqüente "roubo", perpetrado pelo Ocidente, das conquistas das outras culturas. Goody não discute apenas invenções como pólvora, bússola, papel ou macarrão, mas também valores como democracia, capitalismo, individualismo e até amor. Para ele, nós, ocidentais,nos apropriamos de tudo, sem nenhum pudor. Sem dar o devido crédito. Este livro, apaixonado e apaixonante, abre uma janela para todos que querem descortinar o mundo, entre eles historiadores, antropólogos, sociólogos e jornalistas.
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Incompletudes
A romancista Rebecca Goldstein se debruça sobre uma das mais intrigantes e controversas descobertas científicas do século
passado: o teorema da incompletude, formulado no início da década de 1930 pelo matemático Kurt Gödel. Segundo o teorema, que a autora explica em linguagem acessível sem perder a profundidade, em todo sistema matemático complexo
há verdades objetivas que não podem ser provadas.
Numa era de revoluções do pensamento científico, a contribuição de Gödel foi uma das mais marcantes, levando-se em conta o quanto os outros ramos da ciência devem à matemática. Não é de espantar, portanto, que seu grande amigo no Instituto de Estudos Avançados de Princeton tenha sido Albert Einstein.
O teorema da incompletude extrapolou a própria matemática, tornando-se uma espécie de paradigma filosófico com que todo estudioso de ciência em algum momento se depara. Os desdobramentos desse enunciado aparentemente simples não poderiam ser mais retumbantes; o que ele afirma, de maneira quase poética, é que há uma verdade por trás da natureza,
e que a matemática, por ser fruto da mente humana e, portanto, imperfeita, nunca será capaz de capturar essa verdade
em toda a sua completude.
Bom proveito!
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