novembro 10, 2007
El palau de la música catalana
Depois de um magnífico almoço no Neyras, meio “de fogo”, meio de jetlag decidi explorar as vizinhanças do hotel. Escondidinho, numa transversal da Laetana (a avenida do hotel) lá estava o Palau!
A primeira coisa que se pode dizer deste insólito edifício é a sensação de estranheza que ele nos causa por sua arquitetura exuberante realçada ainda mais pela sobriedade monástica dos prédios vizinhos em um bairro de ruas estreitas. Ao aproximarmo-nos começa o festival de surpresas: o prédio é aberto por todos os lados e tem poucas paredes contínuas (em todos os níveis!). Mesmo entupido de detalhes, o conjunto parece harmônico na sua composição de ladrilho, pedra, cerâmica vitrificada, vidro e ferro; tudo com o prpósito de favorecer a visão do interior. Nem mesmo o imenso grupo de esculturas “La cançó popular catalana” de Miquel Blay, impede a apreciação do interior do edifício. Parece uma pessoa sem rosto, totalmente transparente; por dentro, detalhes e mais detalhes: o modernismo em ebulição. A idéia de uma fachada praticamente inexistente parece-me ter sido a materialização arquitetônica de um convite à apreciação da arte que se pretendia levar a exibição no seu interior. Entre os destaques internos estão o Foyer com um excelente bar para petiscos salgados, doces e uma boa Cava gelada, as escadarias loucamente decoradas, a sala do coro (Orfeo), a sala de descanso Luis Millet (totalmente silenciosa e sem estímulos visuais para que os músicos pudessem refazer seu potencial nos entreatos e nos descansos dos ensaios, a magnífica sala de concertos com sua acústica perfeita, um órgão funcional e as esculturas laterais: de um lado, a Cavalgada das Valquírias; do outro, os compositores catalães. Tudo coroado por uma clarabóia em vitral amarelo que domina o local com uma luminosidade inspiradora. Morfeu, meio chumbado, cochilou em alguns pontos da visita guiada mas acha que pegou o suficiente para contar-lhes algo! Penso que uma consulta ao site oficial do Palau seja obrigatória a todos que queiram visitar Barcelona uma vez que um concerto em suas dependências deve ter alguma coisa de inesquecível. Infelizmente um concerto muito bom com os standards da escola espanhola do violão tinha se realizado na semana anterior à minha chegada; o azar não foi total e eu consegui assistir ao mesmo concerto no dia seguinte na igreja de Betlem. O concertista foi o violonista Manuel González (filho da terra), aluno do grande cubano Manuel Barrueco. Bom... to achando que tem “Manuel” demais nessa folia e vou encerrar para não cansar!
Ah! O jantar foi na Dolça Herminia; Incrivelmente bom e barato, não perca, os locais jantam lá!
Abaixo algumas fotos do Palau.
Coloque o ponteiro do mouse sobre a foto cujo nome quiser saber.
Dica ecológica Morpheus: Um litro de óleo de cozinha estraga 1 milhão de litros de água além de entupir os canos (suas artérias e a rede de esgotos). Em Salvador a Remove Reciclagem faz recolhimento a domicílio para volumes superiores a 20 litros: 9979-2504
Pare de jogar óleo velho no sanitário e dar descarga!
Ops...
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Um comentário:
Bonito, muito bonito o seu texto sobre o Palau. Mas e o nome do arquiteto, por que foi esquecido?
Meu tio, Luis Domenech i Montaner merece ser citado.
Obrigada
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