junho 16, 2007

Por quê é que a gente é assim?

Em plena vigência de uma gripe morfética, Morpheus se levanta da tumba para escrever um breve post destinado a indicar um bom título para o entretenimento e reflexão dos incautos frequentadores deste longínquo rincão da blogosfera.
O título a ser indicado é "Sob a névoa da Guerra", Melhor documentário de 2003 que recebe agora a sua versão área 4 com legendas em português. Aos 85 anos, Robert Strange McNamara (o nome Strange é real!) reflete sobre a política externa americana e fala, com a propriedade de quem foi secretário de defesa, sobre os bombardeios a Tóquio, a guerra da Coréia e do Vietnã, a Crise cubana dos mísseis etc. Chega ao auge no seu decálogo sobre os do's e os dont's de uma potência.
Um homem culto e inteligente refletindo retrospectivamente ao final da vida sobre os erros da razão!
Imperdível!
Faça a comparação entre a análise fria do Strange McNamara e a conduta atual dos E.E.U.U. sob a rédea do nosso carbônico Bush.
Entenda porque o mundo está como está e por que o anti-americanismo restou como única ideologia não dietética nas prateleiras de tópicos motivacionais.

Link para o produto na FNAC

P.S.: Ficar gripado não é mais como antes (da meia-idade!). Use o guia abaixo para se auto-diagnosticar:

Você sabe que está chegando à meia-idade quando:

Tudo dói e o que não dói não funciona.

Qualquer coisa que você sente é realmente um sintoma.

Você está disposto a ceder seu lugar a uma senhora e não consegue.

Bem na hora que você se dá conta de que está prestes a descer a ladeira seus freios falham.

Quem te avisa pra ir mais devagar é o médico e não o guarda de trânsito.

Você se debruça para amarrar os sapatos e se pergunta: "o que mais eu poderia fazer enquanto estiver aqui embaixo?".

O seu cachorro deixar você pegar o graveto antes.

Fazer amor nos transforma num animal selvagem: uma preguiça.

Sua idade começa a aparecer... na cintura!!.

Você ainda sente vontade mas não lembra exatamente do quê.

Você sente vontade de se exercitar e deita pra esperar passar. Aliás na meia-idade o melhor exercício é a discrição.

Seu médico lhe recomenda exercício ao ar-livre e você pega carro e sai guiando com a janela aberta.

Jantares a luz de velas perdem o romantismo pois não se consegue ler o cardápio.

Começam a apagar a luzes por economia e não para criar um clima com você.

Diante de uma roupa linda olhamos o preço na etiqueta e decidimos que o melhor é consertar a calha da casa.

A cartomante se oferece para ler seu rosto.

Em vez de pentear os cabelos você começa a "arrumar" os que sobram.

Nos abate uma sensação de afogamento: uma sensação deliciosa quando paramos de nos debater.

Ao contrário da infância, não precisamos mais fazer caretas para o espelho.

O espelho se vinga de nossa vaidade.

Uma pessoa que quer te elogiar diz: "você está com uma aparência esplêndida".

Você não deve desanimar, o pior ainda está por vir!

Tudo aquilo que a Mãe Natureza te deu o Pai Tempo começa levar embora.

Paramos de criticar a geração mais velha e começamos a criticar a mais nova.

Sabemos todas as respostas e ninguém nos pergunta nada.

Alguém dá em cima de você no cinema só por interesse na pipoca.

Primeiro começa a esquecer os nomes, depois os rostos, depois de fechar o zíper.

Você tenta alisar as rugas das suas meias e percebe que não está usando meia nenhuma.

Você se dá conta se veio aqui para ser mocinho, bandido ou figurante.

Chega o melhor momento para contemplar o espelho e dizer: Puxa, eu estou bem!

Você pensa em fazer uma plástica só para se adaptar à transição!

...

Por não poder continuar indefinidamente, deixo o resto com você!

Até!

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