Próximo dia 08 estaremos comemorando o dia internacional da mulher.
Êta efeméridizinha hipócrita.
Mas enfim,
Até quem não gosta vai ter que lembrar!
Ah, a mulher!
Costela extirpada para nosso prazer, nos lembra sua origem toda vez que perdemos o fôlego por uma delas!
Não queira você saber como nos tira o fôlego uma costela quebrada.
Mistério a ser admirado.
Se você pergunta como entender, nunca entenderá!
A mulher é como o Jazz
E Vinícius foi nosso Miles Davis.
Se Deus fez coisa melhor, ficou prá ele.
E só pode!
Considere as outras opções:
1 - Abstinência
2 - Boiolagem
Asolutamentente ultrajantes!
Isso se você não quiser considerar outras opções anti-convencionais para vida afetiva como: partidos políticos, vida acadêmica, narcisismo onanista, dietas, drogas, coleção de selos, religiões sectárias, psicanálise etc.
Pois bem,
A igreja consagra o dia 08 de março a São João de Deus, santo português que lutou em guerras e inspirou uma ordem hospitalária em Granada, Espanha.
Não parece ter dado muita importância às mulheres este luso São João.
A única coisa que me lembra a mulher neste São João é a sua língua natal: o português!
Compartilhando com o português falado no Brasil a quase totalidade do seu léxico, o português de Portugal me lembra as mulheres pela semelhança existente entre a língua que elas falam e a falada pelos homens (sexo masculino, bem entendido).
Mesmo parecendo um pouco forte, é necessário admitir que frequentemente usamos (homens e mulheres) a mesma língua para expressar argumentações diferentes acerca de um interesse comum.
Ao final de uma discussão qualquer com uma mulher às vezes me assalta a sensação de ter argumentado com uma portuguesa!
Igualzinha àquela dona de um restaurante em Lisboa onde entrei uma vez em companhia de nove amigos: éramos em 10 e ela nos trouxe apenas 2 cardápios; perguntada se não teria outros cardápios, disse-nos que não. Foi quando ao apontar para uma pilha deles sobre o aparador ao lado, perguntei-lhe com um pouco de ironia se aqueles não seriam "outros cardápios" e foi então que ela me respondeu com ar de superioridade intelectual numa lógica peculiar aos portugueses: ah, mas aqueles não são outros cardápios, são iguaizinhos a estes que lhes trouxe!
É absolutamente necessário imaginar o sotaque deles na última resposta acima!
Se sua mulher for uma portuguesa de nascença então... f*
Só depois de vivenciar esta sensação, um homem compreende que com mulher não se discute, ou concordamos ou vamos embora e aí, que suba na parede quem tiver a unha maior: geralmente elas!
Mandam no mundo e são o objeto final escondido na luta masculina pelo poder.
Nesse dia de lembrança explícita, as vejo perdidas em meio a uma revolução de costumes que não lhes deu nada do que prometeu: nem a liberdade nem a igualdade.
Engoliram o anticoncepcional (uma espécie de maçã metafórica) e tiraram o sutiã; esqueceram o piano, a etiqueta, o balé, a culinária, os bordados, o senso estético do agradável no ambiente doméstico e principalmente: a intuição, a característica mais importante que a mulher traz para vida em comum por ser esta, dentre as aptidões do homem (sexo masculino), a sua maior deficiência.
Mulher que é mulher pode até fazer charme simulando pequenas indecisões mas, na verdade, não duvidam nunca.
Mulher que é mulher não duvida nunca de nada, antes da pergunta Deus já lhe soprou a escolha correta!
Enquanto o homem, só depois de muito esforço, consegue entender um pouco do mundo, a mulher plena já o sente desde o primeiro minuto de vida!
Que diabo deu nas suas cabeças de renunciar a este poder para tentar viver como homens?
Não sei!
Restringiram-se, desta forma, a exercer o poder de uma vida inteira apenas durante o curto reinado da aparência física e da sensualidade das formas.
Terão, a meu ver, que purgar inteligentemente a correção de rumo nesta estrada com rota viciada que lhes paga menores salários e as alija do poder com poderes de lei natural.
Ok!, nada do que foi escrito acima é absoluto; uma mulher acaba de ganhar um Oscar pela vida dedicada ao cinema e Segoléne Royal, mãe de 4 filhos está prestes a se eleger na França; são indubitavelmente boas novas.
O conjunto da turma no entanto não está tão bem: trabalhando muito (quando podem), desdobrando-se em duplas jornadas, parindo cada vez mais tarde e influenciando pouco a vida dos filhos (que as vezes vivem o paradoxo de terem uma mãe com educação superior e serem cuidados por babás analfabetas) as depositárias do mistério do feminino precisam ser lembradas no seu dia e nos outros 364, onde parece vigorar apenas os direitos do "homem" (Segoléne prefere chamar de "Direitos humanos", fato pelo qual já sofreu tentativas de ridicularização).
Muito a fazer e muito a corrigir num planeta em rota de esgotamento.
Talvez o bom exercício da complementaridade de aptidões masculinas-femininas seja justamente o que falta para que o mundo tire o pé do apocalipse ambiental e passe a viver um futuro mais promissor.
Se mesmo despois de toda essa elegia explicativa quiser você ainda seguir adiante na idéia, esqueça as Simones de Beauvoir da vida e leia a biografia de Mãe Menininha indicada no post anterior.
Mãe Menininha foi o feminino encarnado na sua forma mais pura e poderosa. Dentre os seus visitantes, concedia apenas a Vinícius o privilégio de sentar-se numa cadeira e de beber e fumar no seu terreiro (todos os outros estavam obrigados a sentar no chão e proibidos das regalias concedidas ao Poetinha).
Não cheguei a ver tal cena ao vivo mas imagino o poder da imagem deles dois a conversar: o mistério e o seu decifrador ou ainda, aquele de quem mulher alguma podia ter ciúmes sentado à frente daquela a quem todos podiam amar!
Feliz dia 08 a todas que amo, que amei, que amarei e que amaria mesmo amando como amo a minha Maria!
Posto abaixo um vídeo incrível em Stopmotion que dedico à pequena Bia, que até hoje se diverte com o remake de Summer Dreams publicado já a algum tempo!
Um comentário:
tio manellis,
achei muito legal.um ouro.
gostei tb do parabens com violão
ontem
biba
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