Resenha geral

Ao comentar com amigos a intenção de passar uma semana em Paris no último carnaval, uma pergunta ocorria quase que automaticamente: mas só em Paris?
- Só!
Há muito para ver e para rever e, se ao rever Paris, você sentir uma sensação de simples reprise é porque ou voce veio na semana passada ou porque no último ano a sua bagagem cultural ficou estagnada!
Por incrível que pareça, nesta época do ano (fevereiro), passar uma semana em Paris é mais barato do que ir a Praia do Forte!
E olhe que digo isto como morador de Salvador.
Se você for de outro estado, esqueça!
Grandes empresas como a CVC reservam lugares em vôos diretos com diárias de hotel incluídas a preços impossíveis de serem obtidos por simples mortais.
Uma viagem de uma semana, fora da alta estação é o paraíso sonhado por qualquer turista minimamente francófilo.
Leve roupas de frio mas não precisa levar grandes malas pois a temperatura amena inibe a sudorese e mesmo após andar o dia todo pode ser que você volte ao hotel com as virilhas secas!
O transfer é absolutamente dispensável a não ser que você seja paralítico. O sistema de trens pode deixá-lo praticamente na porta do hotel no menor tempo e tarifa possíveis. Planeje com antecedência o seu roteiro e gastos para aproveitar bem o tempo útil.
O nosso querido Banco do Brasil está vendendo divisas em Euro na razão de 30% de cash para 70% de Travellers; um constrangimento um tanto quanto irritante.

Portanto não estoure o limite do cartão antes da viagem, calcule para cada pessoa um máximo de 40 euros/dia e use o cartão.

Nunca pague uma conta sem antes perguntar se os travellers são aceitos.
Reserve:
- Um dia e meio a dois para o Louvre (Não adianta dizer que já viu, estude um pouco mais de história da arte e vá de novo!)
- Um dia inteiro para o Palácio de Versalhes e meio dia para curtir o Jardim!
- Meio dia para visitar a Orangerie (Monet e Cia)
- Um dia para o D'Orsay
- Cinco horas para a Torre Eiffel
- Meio dia para o George Pompidou
- Um dia para o Museu Picasso, Instituto do Mundo Árabe e Mesquita de Paris
- Meio dia para Notre-Dame e Saint Chapelle
- Meio dia para visitar com calma os Jardins de Luxemburgo e Tulherias.
- Um dia para Galerias Lafayette, Printemps, Bon Marché (lojas de departamento) Fauchon e Épicerie de Paris (delicatessens).

- Se você lê bem em françês, vá à FNAC para comprar caixas de DVD com os clássicos franceses como Truffaut & compahia e livros clássicos em formato de bolsoque são baratíssimos.

- Compre os ingressos para museus e espetáculos com antecedência na internet ou na Fnac (Champs Elysées ou Boulevard Haussman, perto da Ópera)

- Compre a revista Pariscope (45 centavos) logo na chegada para saber o que está acontecendo na cidade.

- Um dia para rua Moufetard, MontMartre, Place de Vosges e Antiquários do Louvre
-2 horas para chegar ao Charles DeGaulle partindo de trem do centro de Paris.

Já vai aí um bom repertório de atividades não?

Para escolher bem um restaurante use o guia Gault Millau.

Não se esqueça de que, por causa da paranóia com o terror, não se pode enbarcar em aviões na Europa com conteúdos líquidos maiores que 100ml na bagagem de mão; portanto, a não ser que você confie muito na companhia aérea a ponto de despachar seus preciosos souvenirs líquidos na bagagem geral, deixe para comprar seus vinhos no free-shop do aeroporto pois só assim você poderá embarcá-los como sua bagagem de mão

Uma das boas surpresas que encontre em termos de guias foi Guia Passo a Passo

Ele traz o melhor da cidade em oito grandes mapas desdobráveis que guiam o viajante pelas principais atrações e bairros de Paris - o Quartier Latin, Champ de Mars e a Torre Eiffel, a Igreja de Notre Dame, o Centro Georges Pompidou e os principais locais da maior cidade turística do mundo. Acompanham cada mapa textos explicativos das atrações e dicas de restaurantes, lojas e cafés de cada região. Se você pretende viajar com crianças não deixe de conferir o guia da Folha OnlineConhecer:
Guia descreve 50 experiências para pais e filhos em viagem a Paris da o mundo com os filhos é mais que uma viagem. Nessa experiência única, pais e filhos conhecem novos lugares, aprendem sobre novas culturas, mas, principalmente, exercitam a convivência de forma renovadora. Mas como qualquer viagem, levar as crianças a bordo exige planejamento e criatividade.
Totalmente ilustrado, o guia apresenta cada uma das atrações da capital francesa sob um novo ângulo, capaz de aguçar a curiosidade das crianças e estimular a fantasia. "Caça ao Tesouro no Museu do Louvre", "As Marionetes do Jardim de Luxembourgo", "Batendo Recordes na Torre Eiffel" são algumas das 50 atrações descritas no livro, com linguagem simples, mas rica em detalhes.Para cada uma delas, há indicação da faixa etária a que o passeio se destina, endereços e horários de funcionamento e preço, além de dicas de lugares simpáticos para comer nos arredores.O guia também apresenta o mapa da cidade de forma divertida, comparando-o com um grande caracol onde as atrações aparecem destacadas. Dá sugestões de livros e filmes que possam introduzir o universo de paris às crianças e ensina a programar a viagem.

Sobre línguas, uma boa e uma péssima notícia:

A boa é a reedição do curso de Françês de Gaston Mauger, muito usado nos anos 50 e 60 quando

as pessoas realmente aprendiam o Françês de forma consolidada e em pouco tempo; Vá à Disal e encomende o seu (26 reais cada um dos dois volumes). Mauger era um lingüista famoso e concebeu uma abordagem concêntrica sobre o dia a dia de uma família canadense cujo pai jornalista é transferido para a França.

O livro é feinho, baratinho mas, na concepção de quem entende, imbatível.

A péssima notícia, sem figura nem nada é a recente extinção da cadeira de língua portuguesa na Universidade de Cambridge.

Por motivos de corte de gastos, preferiram cortar o que consideraram menos útil; o que você acha disso?

Será que o charme do termo saudade está perdido para sempre?

Chega!

Volto já!