Once there was a way to get back home
Slippery darling, do not cry..."
Golden Slumbers (Beatles - Abbey Road)
Chegamos, eu e meu alter-ego, diretamente do exílio momesco voluntário.
Um break nesta dureza de vida.
Nada como o país de De Gaulle para meditar um pouco sobre onde teria sido o ponto em que nós nos embananamos na construção do nosso país.
Prá você que não foi, é bom dizer: Paris estava ótima, um friozinho de 10 graus, poucos turistas, gente elegante pela rua, Parisienses cordiais (por causa dos poucos turistas, é claro!) dias luminosíssimos, a Orangerie reaberta e a comidaaaa!
Depois de março, fevereiro é o mês do ano que menos chove!
Quem sabe se ano que vem a gente não se encontra por lá?
Mais multicultural do que nunca, Paris não esconde tensões étnicas mas mostra que uma sociedade civil bem organizada e com instituições fortes pode viver em ordem mesmo recebendo a visita de 75 milhões de visitantes ano (e de pensar que a gente, com 4,5 milhões por ano, se considera uma pérola turística). Entre Gauleses, Bretões, Portugueses, Árabes Marroquinos, Argelinos, Vietnamitas e uscambau a vida parece incrivelmente em ordem, chegando ao ápice quando você encontra uma senegalesa em trajes étnicos explicando para seus dois filhos o significado e a importância das Ninféas de Monet numa recém aberta e concorridíssima Orangerie.
Por outro lado, Manu Dibango e Chares Aznavour aparecem na TV juntos e prometem duetos nos respectivos shows, como?!!!
Durante a viagem me mantive na companhia de Popper, um grande filósofo que apesar do nome de pipoca de microondas, é muito mais profundo.
Estou pensando em escrever algo sobre ele nos próximos posts.
O ano que segue promete dureza e aqui estamos para enfrentá-lo em posts periódicos neste Morpheus que completa 2000 cliques!
Nada mal quando se considera a falta de pretensão que me motivou a iniciá-lo.
Bem,
Este post entra no ar em caráter emergencial pelas mãos deste que promete voltar e publicar algo mais denso nos próximos dias.
Só prá finalizar com algo útil, Toninho Horta vem aí com um CD duplo: "Solo ao Vivo" a ser lançado em Março; O album foi gravado em Setembro de 2004, durante 2 concertos no Teatro SesiMinas e cobre seu repertório de 62 a 2000. Quarenta faixas farão o deleite dos fãs deste excepicional guitarrista com o qual tive o prazer de fazer um workshop e a decepção de ouvi-lo dizer que não sabia explicar como fazia: Só sei que é assim (qualquer semelhança com João Grilo do Auto da Compadecida é mera coincidência!). Em Abril virá um DVD com 15 peças: Ton de Minas. Assista e veja se consegue entender como é que, tocando uma guitarra sem efeitos, sem paleta e sem unha esse camarada pode soar tão bem!
Pesquei essas novidades do site de Daniela cuja menção aqui no Morpheus é mais do que tardia pelo que peço adiantadas desculpas:
Daniella Thompson on Brazil:
The Magazine of
Brazilian Music & Culture
http://daniv.blogspot.com
Musica Brasiliensis
http://daniellathompson.com
Au revoir et a bientôt,
Merci, mes amis.
Maintenant, je suis arrivé!
e ademán que eu vou em frente!
(Ibrahim Sued, alguém se lembra?)
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