Em meio a imagens residuais da longa noite de sonhos
Entre despertares ocasionais na manhã que se anunciava
Entre ruídos sem sentido e pensamentos bisonhos
Num canto escuro em minha mente
Algo tomava forma, palavra por palavra
Musas sopravam-me um poema!
Um poema do tipo sobre o que há muito não lia
Um poema sobre um inusitado tema
Um poema sobre Magia!
Entre despertares ocasionais na manhã que se anunciava
Entre ruídos sem sentido e pensamentos bisonhos
Num canto escuro em minha mente
Algo tomava forma, palavra por palavra
Musas sopravam-me um poema!
Um poema do tipo sobre o que há muito não lia
Um poema sobre um inusitado tema
Um poema sobre Magia!
O abajur falhou, o papel não estava lá, a caneta também não...
Desarmado, entreguei-me a contempar-lhe a beleza
E o poema foi se metamorfoseando,
Se acrescendo, se modificando...
Até que por fim,
Num magnífico brilho azul cobalto, ante à minha imobilidade,
Explodiu como uma supernova feita de letras
Fulgurando minha mente com megatons de fótons,
Clareando o quarto e turvando minhas lembranças
Desaparecendo para sempre num grande vácuo sensorial
Pelo poema perdido, choro agora a lembrança do prazer
que tive enquanto o escutava.
Muito embora até pudesse, se ousasse, se quisesse,
Num rasgo de canastrice tranformar o até então escrito
num enfadonho fado,
Decidi deixar em paz o tal poema
A viver o destino que lhe coube
No inferno que, reza a lenda e sempre soube,
Recebe os poemas não anotados
Calo-me então.
que tive enquanto o escutava.
Muito embora até pudesse, se ousasse, se quisesse,
Num rasgo de canastrice tranformar o até então escrito
num enfadonho fado,
Decidi deixar em paz o tal poema
A viver o destino que lhe coube
No inferno que, reza a lenda e sempre soube,
Recebe os poemas não anotados
Calo-me então.
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