maio 04, 2008

Portando sonhos em Cachoeira com o berimbau de Waldir Azevedo!

Há uma semana atrás não haveria muitas entradas no google para os termos "Berimbau" & "Natalino" na mesma busca, mas agora...
Nos comentários do post anterior, Romeo explica onde reside a culpa de todos em que o nosso "Apologista da Harpa" tenha ido parar nos cargos que ocupou durante anos e feito o que fez coroando sua pré aposentadoria com o episódio de recente notoriedade.
Adicionaria ao seu arrazoado minha própria nosologia.
Trata-se do que costumo chamar de "Síndrome do síndico"
Esta síndrome caracteriza-se pela total irresponsabilidade no papel político de exercer o direito da escolha, chegando ao seu quadro mais grave quando do absenteísmo puro e simples nos processos eleitorais.
O idiota, mal-caráter ou maluco mais determinado estará lá para ser eleito, ocupar o cargo e perpetrar suas perversões.
Os ausentes e apáticos comporão então um coro de descontentes que apenas servirá de contraponto às imbecilidades do voluntarioso eleito (vide PSDB, DEM's e Cia).
Só como exercício de absurdo, imagino o que não faria o querido professor com uma caneta à mão caso fosse convidado para resenhar, quando dos seus respectivos lançamentos, alguns clássicos tais como:
Samba de uma nota só,
Brasileirinho (que Waldir Azevedo compôs em um cavaquinho de uma corda só!),
Bolero de Ravel (ostinato monótono em cima de um tema melódico repetido)
Ou mesmo Bim Bom de J. Gilberto...
"É só isso o meu baião, e não tem mais nada não..."
De pensar que o professor em questão é apenas a ponta do iceberg (ou melhor, do merdoberg!) que flutua à deriva nos corredores de sua faculdade natal (perdão pelo trocadilho, nada à ver com os queridos potiguares).
Imbecis de sucesso, pois chegaram ao ápice de usas existências como atravancadores do avanço, estes exemplares do setor de espécimes bizarros da acadêmia baiana são responsáveis pelo pior dos danos que uma sociedade pode sofrer: a intimidação das competências nascentes. Ninguém, de sã consciência, arriscaria seu projeto existencial para cumprir as liturgias de iniciação para uma arruinada universidade e ainda assim chegar lá e encontrar um colega como nosso professor.
Só aloprados e visionários inocentes terminam o check-in.
Na minha modesta opinião, não se precisa de nenhum deles!
Talvez esteja na atuação destes natalinos a razão de nossos papers científicos terem tão pouco impacto na imprensa acadêmica mundial, apesar do seu número crescente: eles, os papers, não são produção de mentes livres e comprometidas com a inovação e o bem-estar do ser humano!
Pouca gente lhes dá alguma importância.
Nossa tão propalada criatividade, por sua vez, não se traduz em patentes!
Que tal repensar este modelo?
Será que teremos de reinventar a roda?

O único saldo positivo da atuação do nosso professor é a correção de um dito racista nacional que, agora sim, às vésperas da sua aposentadoria, ganha sua redação retificada e definitiva:
"Idiota, quando não caga na entrada, caga na saída!"
P.S. Neste final de semana, Morpheuzinho pegou mala e cuia e foi prestigiar a escolinha de música mantida pela maçonaria da cidade de São Félix, às margens do Rio Paraguaçu. Uma maravilhosa experiência emoldurada pela hospitalidade dos anfitriões.
Além de acompanhar os amigos, apresentei munhas versões solo para violão dos clássicos Surfboard e Chovendo na Roseira do mestre Jobim.
Isto para não falar na maravilhosa "Portando Sonhos" de Osmar Macedo e Jairo Simões, que encerrou o show em apoteose e com olhos marejados por toda parte!
(Ouça à partir do player abaixo enquanto olha as fotos do fim do post)



Prometo considerar a hipótese de colocá-los aqui em video!
A hospedagem foi no Convento do Carmo, em Cachoeira (cidade na outra margem do rio)
Um excelente destino turístico para a família a qualquer momento em que se considere uma viagem de lazer.
Na volta, uma paradinha no "Frutos do Mar", restaurante na pequena localidade de São Braz - na estrada que liga Cachoeira a Santo Amaro - para conferir aquele, que na minha modesta opinião de glutão metido a besta, é a melhor cozinha baiana do planeta!
As mais perfeitas moquecas (e maniçobas também) deste planetinha acompanhadas do sorriso amabilérrimo de sua atenciosa proprietária, Tânia.
Se puderem, não deixem de conferir!
Abaixo, algumas fotos:

Cachoeira e Ponte Dom Pedro II vistas à partir da casa de Hansen Bahia, em São Félix



São Félix e a Ponte vistas à partir de Cachoeira
Igreja da Matriz, da qual fala a canção, vista à partir da praça.


Convento do Carmo em Cachoeira onde a morfética família ficou hospedada!



Restaurante Frutos do Mar, em São Braz. Fachada, interior e pratos: ensopado de ostras e moqueca de aratu!




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