Por um instante,
Fui forçado a parar
Sua presença plástica em alta definição
Rompeu-me a membrana do mundo real
Por um instante pareceu estar à venda
Por um instante pensei poder comprá-la
Por um instante.
Por um instante,
Pareceu-me viva!
Viva criatura de um mundo de formas
Aguardando ajuda para livrar-se de um encanto
Mas eis que,
Indiferente ao meu ex(tase)tado,
O sinal abriu
E centésimos de segundos após,
Com um poder cicatrizante absolutamente indesejável
A buzina impaciente de um carro popular
Encerrou meu breve e urbano lirismo
Shit,
Num instante,
Não mais que de repente(*)
A maldita lucidez estava de volta!
(*) Saudades do Vina
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