janeiro 09, 2007

BALZAC E A COSTUREIRINHA CHINESA

Pegando carona em "Quase deuses", venho postar sobre essa obra de arte de título pouco convencional. É um daqueles filmes que depois de assistido, você passa dias digerindo-o.
Retrata a china de Mao-Tsé-Tung, no final dos anos sessenta.
Dois jovens são mandados para um campo de reeducação porque seus pais são considerados burgueses reacionários (eram médico e dentista). Dos seus objetos pessoais, o único que conseguem manter intacto e em seu poder é um violino, pois alegam que Mozart é o compositor predileto de Mao-Tsé-Tung.
Inúmeros fatos curiosos acontecem, até que conhecem uma jovem costureira por quem se apaixonam. Ela os revela onde encontrar livros considerados subversivos - de Balzac, Flaubert, Tostoi... De posse desses, roubaram de um outro jovem em "reeducação", iniciam uma silenciosa transformação em suas vidas através da literatura, mostrando como a arte é bela, cosmopolita e transcedental.
É uma ode à cultura e ao poder libertador da literatura. Um filme sensível e de excelente qualidade.

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