agosto 06, 2009

Poeminha espectral

Enquanto durmo,
Velas por mim.

Enquanto sonho,
A vela se esvai em chama e fumo.
Ainda assim,
Velas por mim

Quando perco o prumo
E por noites não durmo
Velas por mim.

Quando minhas velas de ímpeto enfuno
Sei que velas por mim

Enquanto percorro valas em feroz oceano de idéias e planos
Tranquilo sei que velas por mim

Até mesmo
Quando tento em mim por um fim
Por meio de meios que não se prestam ao sim
Sem querer ser aquele que veio donde vim
Olho ao lado desesperado
E estás...
A velar por mim

Quem a pôs onde sempre estás?
Castigo ou penitência?
Lealdade ou insistência?
Onde estavas quando eu não era?

Tarde se faz neste poema
Escrito a tecla em vez de pena
E que por falta do que melhor fazer,
Permitiu-me usar tu a você
Revelando o que jamais podia ser dito
Como quem aborta um rito
Numa síncope de prazer

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