dezembro 09, 2008

Qual o diagnóstico?

Como dizia o poetinha, "...são demais os perigos desta vida..."
Eu mesmo, acho a vida extremamente perigosa.
O trânsito e a falta de trânsito
O desemprego e o mau-emprego
A violência urbana
A violência rural
As doenças e a inveja que a saúde atrai
A falta de dinheiro e a cobiça que o excesso provoca
O consumismo e a exclusão
Presidentes brancos, pretos, burros ou formados na sorbonne
Etc. Etc. Etc
Mas convenhamos...
Preguiça não é perigo, é doença!
Num episódio típico e merecedor de figurar como cena em Ó paí ó como exemplo da indolência soteropolitana, um salva-vidas sem a menor intenção de se molhar, cravou uma bandeira vermelha hoje numa praia qualquer deste nordeste que alguns talvez identifiquem nas fotos abaixo.
Depois de vê-lo em ação fiquei imaginando que cor de bandeira ele colocaria na lagoa do abaeté e em pipeline.
Talvez seja um espião de outra surfgang tentando "melar" nossa descontração...
Talvez ele não saiba nadar e esteja só substituindo um primo que não acordou da ressaca...
Talvez ele esteja querendo nos advertir para o risco de ficarmos viciados e não querermos mais parar de surfar e com isto levarmos nossas famílias e nossos ombros senis à ruína...

Talvez algum parente querido dele tenha morrido em situações parecidas...
Não sei!
Se alguém quiser sugerir que mande um diagnóstico do porquê desta bandeira vermelha para este dia glorioso.
Ah, antes que eu me essqueça...
Não vale dizer que o cara é daltônico (portador de discromatopsia) porque esta é a minha hipótese!
Talvez ele se atrapalhe num cruzamento com semáforo ainda hoje.
Só na Bahia...

3 comentários:

Anônimo disse...

Caro Manellis,

Não sou nenhum expert, mas uma possível explicação, acreditando na fé pública dos nossos servidores, é que nessa semana tivemos lua cheia e as marés de lua cheia são maiores, deslocando um volume maior de água, e nesse momento em que foi fincada a bandeira poderíamos ter uma vazante instalada.!!
Grande abraço.

Anônimo disse...

Manellis, o caso é o seguinte...

Como vc sabe, estou praticando travessias e, portanto, não tenho a prancha como salvaguarda quando estou no mar...

Há uma tese de mestrado defendida na Faculdade de Geologia da UFBa em 2002 que descreve os mecanismos de afogamento nas praias da costa Atlântica de Salvador. O principal deles é a chamada corrente de retorno, que em Salvador é propriciada por praias do tipo intermediária, com correntes longitudinais importantes e que são refletidas (geralmente por formações rochosas, por vezes submersas) em direção a zona de arrebentação a velocidades de até 1,5mts/seg.

Veja bem...Gustavo Borges, em divulgação de seu site, nada a velocidades de cerca de 1,8mts/seg. Salva-se por pouco...um nadador médio nada a 1,2 mts/seg. Não se salva em nada...

A experiência do pessoal do SALVAMAR na indicação desses locais de corrente de retorno é importante para evitar que banhistas desavisados e pouco preparados para o mar se tornem vítimas da própria imprudência...

Grande abraço...

Gusmão

Manellis disse...

Nada como um raio de luz sobre a as trevas da ignorância oceanográfica!
Obrigado pelo esclarecimento e passemos a curtir somente o caráter fictício do texto>

Apareça, Deco!

Um abração,

Manellis

Related Posts with Thumbnails