Um dos nossos últimos trovadores da MPB chegou mesmo a perguntar:
Por que é que a gente é assim?
Um dos motivos da pergunta é convivência às vezes simultânea de comportamentos opostos. O elogio à loucura desvairada dos comportamentos aparentemente insensatos!
A busca do prazer, a fuga da dor, a penalização aceita por quem espera uma grande recompensa, a dor que se faz mais intensa quando se instala subitamente etc. etc...
Muitas questões para um só ponto de convergência:
A superposição cerebral entre os dois centros mais importantes para a percepção da vida (da boa vida principalmente!).
Os centros cerebrais da dor (e seu processamento) e o do prazer.
Neles, até mesmo os mensageiros químicos são idênticos!
Quando o sistema de monitoramento do corpo detecta uma perda de harmonia, começa um intrincado jogo químico que tende a levar a pessoa em questão a correr riscos proporcionais ao tamanho do desarranjo orgânico. O mais ancestral destes desarranjos é a sensação de fome; no entanto, uma vez que vivemos um pouco mais longe deste fantasma, entra em cena outros micro ou macro desarranjos que empurram nossos intelectos em direção à confusão, conflitos, riscos, violências, insanidades e sociopatias; neste repertório moderno de vermes mentais temos, entre outros:
- Privação/má qualidade de sono
- Acúmulo de toxinas em tecidos periféricos
- Ausência de atividades atenuadoras de mal-estar físico (exercício, meditação, risadas)
- Consumo de substâncias que exaurem a nossa reserva de substâncias químicas naturais relacionadas ao prazer
-Alimentaçãopouco variada com excesso de consumo de alimentos potencializadores do viés inflamatório da reação imune
-TPM
- Carência de oligoelementos tranquilizadores (magnésio por exemplo)
- Confinamento físico prolongado
- Monotonia intelectual
- Etc.
Sob o efeito de um ou mais itens acima, o presidiário mata o companheiro de cela, joga-se crianças pela janela, uma pequena colisão de trânsito origina um homicídio e por aí vai.
Se você lê bem em inglês e não se importa de cruzar vez por outra com termos que não conhece mas que também não são fundamentais para a mensagem do texto, leia este artigo sobre o tema apresentado nas linhas anteriores:
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