maio 23, 2007

O caso Rockwell



Algumas ilustrações marcaram a minha memória visual de forma indelével. Um belo dia, numa destas reportagens rápidas dos noticiários que a cada dia dedicam mais tempo à violência urbana, reencontrei algumas ilustrações que estavam no meu arquivo visual mas que entraram lá quando eu ainda não me importava com nomes e autorias; parecia que eu tinha oito anos de idade! Desta vez eu sabia de quem eram as ilustrações que me seduziam as retinas. achei que não mes esqueceria do nome dele e confiei na memória para, quando tivesse acesso a um computador, fazer uma busca sobre o artista.
Não deu certo, me esqueci!
Só estes dias, buscando imagens para ilustrar os posts com os quais aporrinho a paciência dos eventuais visitantes, o encontrei de novo: Norman Rockwell.
Autor de ilustrações urbanóides Rockwell pintou uma América muito interessante numa iconografia peculiar, sedutora, realista e poética ao mesmo tempo.
Devorava suas ilustrações a tal ponto de conseguir entrar nelas.
Chegava mesmo a pensar que um dia os seus temas fossem desfilar na minha realidade. Bem... foi então que o Brasil saiu dos trilhos e eu entendi que ele nunca poderia ter nascido por aqui.
Rockwell foi um soberbo cronista visual da América e suas ilustrações serviram de trilha visual (isso existe?) da euforia do pós-guerra.
Ele disse um dia: Sem pensar muito em termos específicos, mostro uma América que conheço e que outras pessoas podem nunca ter notado.
Rockwell pintou não só a América dourada e seus protagonistas mas também seu lado sombrio de forma impressionante; o quadro abaixo é um dos meus favoritos.
O Problema com o qual temos de conviver.
Não precisa explicar: Cor, textura e tema em absoluta harmonia com o propósito de passar uma mensagem sensibilizante.
Leia um pouco mais no site do Museu Norman Rockwell
Até já!

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