maio 13, 2007

Mama mia!

Dia desses, Guilherme acordou a mãe com um beijo e disse-lhe que se lembrava do tempo em que estava na barriga dela.
- Ah é, filho?
- É, e eu vi seu coração.
- Puxa, você viu meu coração? Como era?
- Ele era brilhante e liiiiiindo, mamãe!

Conversa entre Guilherme França de Souza (4 anos) e Iza França (32 anos) ocorrida há alguns dias.


O quadro acima, "A mãe do artista" me foi apresentado nos desenhos animados do pernalonga quando eu era criança. A mãe cansada, segurando um livro fora do alcance dos olhos como quem tenta inutilmente resgatar a humanidade da qual foi afastada pelas extenuantes obrigações domésticas.
Hoje é dia de todas elas:
De sua mãe
Das mães anônimas
Das mães da Plaza de maio (não parece, mas até argentino tem mãe!)
Das mães dos juízes, dos ladrões e dos honestos
Das mães iraquianas e das americanas também
Das mães palestinas
Das mães judias também (inclusive a de Freud)
De Barbara Bush
Da mãe natureza
Das mães cariocas que viveram o paraíso dos anos 60 e que choram um filho atingido por uma bala perdida.
Das mães que mesmo sem terem parido, criaram os filhos de alguém como se tivessem sido seus.
Da mãe inocente que casou com o pai do "Meu Guri" (Chico Buarque)
Daquela que sempre tem uma explicação para o fracasso do filho mais fraco
Das numerosas e modernas mães de filhos (as) únicos.
Das mães que são pais.
Do seu chefe, se ele for uma mãe prá você!
E da minha mãe também
Onde quer elas estejam!

Feliz dia das mães

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